Tantos e tão anacrónicos homens
apontam para a natureza
enquanto evitam o crescimento de
outros.
Jorram desfeitas, pelos lábios ,
recusas, caminhos infecundos.
Tentam crescer e afinal são ainda
sementes
que nem respiraram terra.
É o jeito delicado de uns galhos,
simulando que se fendem na sombra do chão
e na sobranceria de terem tamanho
quando são, ainda e só, adubo.
Homens frágeis que se refugiam na
textura de um campo branco e infértil
agitam-divididos- os dedos a tentar
apaziguar o nevoeiro que lhes tolda o limite.
Quando o dispersam vêem pelo passado o
que os distingue, nada!
Algemados pelas trevas do ego
sonham em colher do gelo o que nunca
afluiu.
(Qualquer dia hei-de vê-los a deslizar
sobre as mentiras que plantaram no pântano)
JFV
16/12/2014
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