quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Vi-te sentada no poial de uma estrela
Para Ana Vassalo
Vi-te sentada no poial de uma estrela,
apanhavas fresco.
Foi num serão quente,
tão quente que o sol envergonhado
fugiu quando a lua se aproximou.
Tinhas um chapéu, lindo,
feito de raspas de nuvens.
Vestias saia de luar, esplendorosa.
Esvoaçava quando a brisa se manifestava,
formando bandeiras que saciavam
a calma do céu.
Janelas, portas, postigos
abriam-se para que entrasse
a brisa vinda do teu respirar.
Do alto da humanidade
enviaste-me o ar
que me faltava
para falar contigo,
como se de eternidade se tratasse.
Vi-te sentada no poial de uma estrela,
e a criança que ainda sou
adormeceu no teu regaço de glória
esperando que o ar fresco
me sossegasse na tua amizade.
Recordo-me que o teu chapéu, lindo,
feito de raspas de nuvens,
refrescou-me.
Vi a noite esvoaçando
e o mundo que nos fala.
JFV
29-04-2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Obrigada, meu amigo querido, pelos dois fantásticos poemas que me dedicaste, onde este me merece um carinho muito especial, não só por ter sido o primeiro, mas porque é de uma imensa ternura na amizade que me dedicas.
ResponderEliminarConheces a minha opinião: toda a tua escrita é belíssima, inteligente e libertadora. A tua prosa, que pouco exploras, é divina e arrasta-me sempre para um lugar que fica mais perto de mim - é isso que ela nos faz, leva-nos onde devíamos estar sempre: do lado de dentro do que somos.
Fico feliz por te ver, finalmente, publicado. Valeu a pena encher-te a cabeça, já que o blog apareceu, por fim.
Grande beijinho, Zé Vicente, muito obrigada.
Ah! Esqueci-me de te dizer q já sou "seguidora" do teu blog, provavelmente a primeira :) mas não há como saber, pois não tens o painel de "seguidores" adicionado. Tens de o ir buscar às aplicações, sim? Beijoka.
ResponderEliminar