quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ZERO.ZERO

Zero.Zero

Sensações
tantas...
Abrindo caminho por caminhos de coisa nenhuma
(Zero.Zero)
Tantos...
Que dão passos ao revés
e encontram-se no subúrbio
da cidade do eu.
Vazios
redondos
rebolando
pelas escadas de um prédio
de egos
lamentos
convulsões
tormentos.

Ai, quem me ama?
Quem me adorna de sementes?
Preciso crescer.
Tenho um jardim plantado
de ócios secos
e comiserações várias!

Ai, quem me ama?
Quem sobe ao meu andar
e me mata a sensação
desta estranheza
de os espelhos só reflectirem
o que não sou
e o que não quero?

Há mundo para além de mim...
Não me idolatrem.
Não me façam vénias.
Reciclem-me as lágrimas.
Esgotá-las é deixar de sentir quem sou.
Eu
e a minha cegueira
Eu
e o meu 3º mundo interior.
(Zero.Zero)

Preciso de gente que partilhe os seus jardins
E prédios com vizinhos
A quem possa dizer:

Os meus olhos já vêem além de mim?
Tantas!
Tantos!

Para enxergar basta
saber tabuada,
Sair da noite,
de frente do espelho,
dançar ao sol
e fixar a realidade.

JFV

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