Vazio
E agora?
Perco o tempo em
labirintos de tristeza
no infinito do que nada
reflecte, só porque de mim
sobram sensações
invisíveis.
Não me avisto, não me
adivinho
sou todos os objectos de
uma casa desarrumada,
uma preguiça
um silêncio
e alguém distraído do
presente.
E agora?
Triste mistério num
coração ao acaso,
cavalgando num peito
neutro
onde se rebelam forjas de
emoções
e o auge de propósitos
desconexos.
Não me olho, não me
entendo
sou eu e toda a gente numa
mesma existência,
numa sublevação obscena
que me envergonha.
E agora?
O mistério para onde
caminho
há-de trazer-me a punição
por não vislumbrar o horizonte
e ter a mente
desencontrada.
Não comando o futuro
mas sei de endereços
que ainda festejam quem
amam,
e têm a consciência de
todas as alegrias.
E agora?
Agora vou escrever-lhes a
falar de todas as coisas
e libertar-me de um
remetente que se sente a saque.
O meu!
(Ó vazio, parte e não
peças licença!)
"E AGORA?"
ResponderEliminarDigo o que, sem me repetir, numa repeticao que pode parecer "vazia"!?...
Porem, encho agora o meu peito de fresco ar e digo sem pressas e sem esforco:MAS QUE BELO POEMA QUE ME PREENCHEU OS LABIOS VAZIOS COM UM GENUINO SORRISO DE PRAZER PELO QUE LI E SENTI_POESIA_!
Tenha vivido uma cheia PASCOA; cheia de amor e de doces "pascoelinos!
Heloisa (ou...Zita)
Obrigado Heloisa (ou...Zita):)
ResponderEliminarOs seus comentários são para mim um privilégio. Preenchem-me o "vazio" de não me considerar poeta, sim (e apenas), um "despejador" das palavras que necessito libertar.
JFV