quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

CONDENADO


Sou um condenado!
Numa palavra:
Homem!
Homem de deitar fora.
Sem demora.
Porque a idade tem asas
e batem depressa.
Sou o excesso!
Outra palavra:
Velho!
Um velho de outro século.
Trémulo.
Porque a idade não conhece a espera.
Sou a descrença!
Mais uma palavra:
Morte!
Uma morte anunciada para breve.
Em greve.
Porque por fora de mim
espera uma lápide.
O vento também homem e velho
não gosta de cemitérios.
Voei com ele e vi de cima
o verdadeiro rosto da idade.
A idade de uma cama com lençóis de esperança
a secar no estendal da juventude.

JFV

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