Tanta vida a que já vi o
fim.
Contudo ainda agarro o que
aprendo
para que os seus avisos
me impeçam
de continuar nos abismos
a que estou sujeito.
Não faça sinais,
nem me aponte metas
ou horários que me façam
esquecer
que não é eterna.
Há uma mão que me dirige
no presente,
ergue-se em tempestade e
abandono.
Ei-la a ser estorvo
silêncio e símbolo
do que passou e do que
oculta.
Dos momentos que se
inventam.
Não sei qual,
o infecundo
ou o cruel?
O corpo foge de mim e
balança
entre o passado e o
futuro,
dando-me motivos de
submissão
a um presente que não
interpreto
mas que pressinto nas vidas
que tiveram fim.
Retenho a confiança,
peso o mundo suavemente
sobre os ombros do tempo
que tenho,
compelindo-me a escrever a
história
quando o abismo for um
sorriso,
os sinais, memórias
primaveris,
as metas, um palmo de céu,
os horários, a vida
arrumada.
Nesse momento pegarei na
mão que me dirige
e anónimo, caminharei em
direcção ao adiado!
JFV
7/07/2012
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