segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tanta vida a que já vi o fim.



Tanta vida a que já vi o fim.
Contudo ainda agarro o que aprendo
para que os seus avisos
me impeçam
de continuar nos abismos
a que estou sujeito.
Não faça sinais,
nem me aponte metas
ou horários que me façam esquecer
que não é eterna.
Há uma mão que me dirige no presente,
ergue-se em tempestade e abandono.
Ei-la a ser estorvo
silêncio e símbolo
do que passou e do que oculta.
Dos momentos que se inventam.
Não sei qual,
o infecundo
ou o cruel?
O corpo foge de mim e balança
entre o passado e o futuro,
dando-me motivos de submissão
a um presente que não interpreto
mas que pressinto nas vidas que tiveram fim.
Retenho a confiança,
peso o mundo suavemente
sobre os ombros do tempo que tenho,
compelindo-me a escrever a história
quando o abismo for um sorriso,
os sinais, memórias primaveris,
as metas, um palmo de céu,
os horários, a vida arrumada.
Nesse momento pegarei na mão que me dirige
e anónimo, caminharei em direcção ao adiado!

JFV

7/07/2012




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