Ouço o choro de ter nascido sem saber ainda tingir os dias, pintá-los com pincéis biográficos e tintas de um espasmo que acaba desenhado na tela do tempo que sobrevive e que nos faz pensar o que ainda não sabemos.
Vida abstracta em mutação de símbolos que não são para emoldurar nem quando o traço é imaginário.
Fragmentos de um quadro em movimento para exposições de galerias vazias. Insuficiência no tempo e de um futuro ocluso até atingir o final inoportuno e difuso.
O pintor deu-me assombrosas cores que a vida pintou: Do mau ao sublime num mundo de estranheza.
E assim chego ao preto, criança a perturbar-me de novo onde o parto é já opaco e mergulha no espectro da cor que jaz na tela exposta além de mim.
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