Passei ontem pelo
desencanto
De uma voz que
ganhava o céu.
Um cantor
estendendo o canto
A tudo o que tem
de seu:
O nada das noites
acorrentadas
Num cartão como
templo de marfim,
As bordaduras das
mentes encantadas
E o sono como
cama de cetim.
Pouco é, para
quem é rochedo.
Não houve
aplausos no que vi:
O embate do sonho
com o medo,
A fome com a
saudade de si.
Voz de rua que se
alastra e se esgota
Nos poucos que
dão atenção.
Uma canção, um
poema, a derrota
De um artista
estendendo a mão.
JFV
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