Venham…
Venham incrédulas dores
De um marinheiro nu de mar
E de amores.
Venham…
Venham e tragam o sal das águas,
Já que águas não vejo
No seio das minhas mágoas.
Venham…
Venham majestosas sereias
Cobrir-me com vossas escamas,
Amar-me na nudez das areias.
Venham…
Venham salvar o náufrago dos míticos
Amores em cardumes,
O náufrago dos cais apocalípticos.
Venham…
Venham escrever poemas sobre mim
O marinheiro nu de mar
E de amar até ao fim.
Venham…
Venham e não fiquem.
Só quero sentir a brisa dos poetas
E soltar a bandeira dos piratas
Que resistem.
Assim sou eu.
Vim e não parti
Espero que o céu
Me leve ao que nunca vi:
_A ilha dos amores!
JFV
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